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dc.contributor.advisorOliveira, Rodrigo Franco de-
dc.contributor.authorHaddad, Juliana Mendes-
dc.date.accessioned2025-07-24T19:25:49Z-
dc.date.available2025-07-24T19:25:49Z-
dc.date.issued2025-
dc.identifier.urihttp://repositorio.aee.edu.br/jspui/handle/aee/23206-
dc.description.abstractIntrodução: Motociclistas são comumente os mais lesionados em situações de acidentes automobilísticos, tanto pela fragilidade do tipo de transporte, quanto pela ausência de equipamentos de segurança comparados aos automóveis. Estudos apontam que a incidência de trauma crânioencefálico (TCE) é bastante elevada em populações traumatizadas, sendo esse um agravante no prognóstico das vítimas. A reabilitação interprofissional precoce se faz importante na condução desses casos a fim de se evitar o agravamento no pós-trauma. O atendimento inicial do paciente vítima de TCE inclui a avaliação do nível de consciência a partir da escala de coma de Glasgow (ECG), a coleta minuciosa dos dados relativos ao acidente, identificação da perda de consciência na cena e da cinemática do trauma, o exame neurológico para determinação de sinais de lesão encefálica e do neuro eixo, avaliação da progressão clínica até o desfecho e realização de exames de imagem como a tomografia computadorizada (TC). Objetivo: Relatar a eficácia de uma intervenção interprofissional imediata a um piloto vítima de TCE grave. Relato de caso: Paciente, sexo masculino, 38 anos, piloto de caça, vítima de acidente automobilístico no dia 06 de julho de 2023. Por volta das 19h, o militar estava conduzindo uma moto de baixa velocidade em uma via pública, quando, ao passar por um quebra-molas, perdeu o controle do veículo e acidentou-se. No momento do acidente estava em baixa velocidade e com capacete sem tira jugular, tendo este sido arremessado após o impacto. Foi prontamente socorrido por pedestre que contactou um colega de trabalho da vítima e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Na cena a vítima foi encontrada pela equipe atendimento pré-hospitalar nas seguintes condições: sentado na via, abertura ocular espontânea, responsivo a estímulo verbal, confuso, e movimentando os quatro membros (Glasgow: 13), com ferimento corto-contuso em região tempo-parietal a esquerda, equimose periorbital esquerda (sinal de Guaxinim), hemorragia subconjuntival em olho esquerdo, escoriações em região de glúteo e espinha ilíaca antero-superior direita e mão esquerda. Foi levado ao Hospital Estadual de Anápolis (HEANA), onde chegou apresentando vômitos e rebaixamento do nível de consciência (Glasgow: 8). Foi submetido a TC de Crânio e Coluna, onde evidenciou-se hematoma subdural tempo-parietal a esquerda, fratura da calota craniana e hematoma subgaleal ipsilateral, com desvio discreto da linha média, além de hematoma subdural laminar. Não havia sinais de lesão da coluna. Por volta das 23h foi submetido a craniotomia descompressiva com drenagem de cerca de 500ml de sangue. Procedimento com cerca de 3h e meia de duração, sem intercorrências. No pós operatório imediato foi encaminhado extubado, sem drogas vasoativas, para a Unidade de Terapia Intensiva, onde permaneceu por 04 dias, No dia 08/07 foi submetido a TC de crânio de controle, apresentando áreas hipoatenuantes cortico/subcorticais de aspecto sequelar comprometendo polos frontais, maior a direita, bem como polo temporal direito. Manteve boa evolução clínica, sem episódios convulsivantes, recebendo alta hospitalar no 7º dia pós-operatório. No momento da alta foram realizados os seguintes testes propedêuticos: Sinal de Lasègue positivo, teste de Patrick Fabere negativo, teste da força de preensão manual (FPM) reduzido grau 4, sinal do obturador negativo, teste de abdução, adução e extensão do quadril normais e paciente adotou flexão de quadril antálgica com a perna esquerda durante a marcha, provavelmente por dor. No domicílio o paciente recebeu apoio de uma equipe interdisciplinar composta por médico, fisioterapeuta, psicóloga, enfermeira e nutricionista. Manteve-se em regime de home care no período de 13/07 a 31/07, retornando ao trabalho administrativo no dia 01/08 (26º dia pós-operatório). As reavaliações dos testes propedêuticos foram realizadas nos dias 12/07 e 21/07, sendo o Sinal de Lasègue negativo e os demais com grau 4. No dia 27/09 paciente realizou O paciente foi avaliado por duas fisioterapeutas no dia 16/08 onde foram coletados dados de identificação e dentro do exame físico ( IMC, Teste 1 RM de mmss e mmii, perimetria braço, coxa e perna, Teste de Força de Preensão MSD e MSE, Teste de Caminhada de 6 min, Teste Ergométrico com VO2 máximo) (APÊNDICE 1). As reavaliações ocorreram com 30 dias e 45 dias. Todos os testes com resultado dentro da normalidade e apto para exercício físico. Respondeu ainda o Questionário de Atividade Física e Força G (ANEXO 1), onde observou-se a atividade física mista aeróbia e anaeróbia voltado a saúde e melhora a tolerância da força G e WHOQOL-bref onde pode-se evidenciar bons indicadores de qualidade de vida (ANEXO 2). Paciente também foi submetido a um protocolo semi-supervisionado de exercícios de reabilitação pela Fisioterapia (APÊNDICE 2), proposto especificamente com objetivo de ganho de força e resistência para retorno a sua atividade aérea, onde observou-se uma evolução satisfatória. Discussão: O pronto atendimento pré-hospitalar, o tratamento cirúrgico ágil e a reabilitação precoce foram fundamentais para êxito e retorno precoce as atividades do paciente, quanto para prevenir sequelas e danos irreversíveis. Na presença de hematoma subdural, quanto mais cedo o paciente lesionado for submetido ao processo terapêutico de reabilitação, melhores os resultados clínicos, além de acarretar em menores custos para o sistema de saúde pública, com menor tempo deinternação e utilização significativamente menor de medicamentos no tratamento. Outro ponto, a ser considerado pós-trauma, é o processo de reabilitação, visto que as sequelas vão desde perda de força e massa muscular devido ao imobilismo muitas vezes como consequência, perda do desempenho cardiovascular a alterações mais significativas como envolvimento do sistema vestibular e movimento global. Conclusão: O presente relato evidência a importância do atendimento multidisciplinar a resposta positiva e eficaz ao tratamento do piloto, levando ao retorno rápido as suas atividades.pt_BR
dc.subjectPiloto de caça, TCE, Performance física, Qualidade de vida, Força Gpt_BR
dc.titleProtocolo de reabilitação interdisciplinar em paciente com traumatismo crânio encefálicopt_BR
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